Há 25 anos que conheço a cidade de Maceió. Nesta época andava a qualquer hora do dia por suas ruas. Hoje em Maceió não podemos ficar na calçada de uma casa ou caminhar em ruas não movimentadas, pois o risco de assalto é enorme. Às vezes fico pensando como é que uma cidade, em apenas 25 anos, deixa de ser tão tranqüila para assumir o posto da capital mais violenta do país. A única explicação que encontro é que nesse período a cidade não cresceu, praticamente não foi gerado emprego. Uma estagnação terrível causada por sucessivas administrações desastrosas. Maceió, hoje, está entregue as traças, um declínio total. Sua população é de aproximadamente 950 mil habitantes, sendo que, em 1985 não chegava aos 700 mil.
Há quatro anos morava em Recife e hoje moro em João Pessoa. Vim para esta cidade por ser bem mais tranqüila que Recife. Ando com o carro com os vidros baixos, paro nos semáforos, etc. Mas, tenho notado em reportagens pela TV e nas rádios que a violência tem crescido muito. Assaltos têm aumentado, tanto na periferia, quanto na orla. Deixar o carro estacionado no bairro do Bessa é arriscado; saída de banco, saída do principal shopping é sempre preocupante, assim como, ficar em parada de ônibus. Sequestro relâmpago é realidade. Tudo isso não havia aqui há 10 anos, agora entra na nossa rotina. Algo parecido acontecia com Maceió há 15 anos. Isso quer dizer que se a prefeitura, juntamente com o governo do estado, não gerarem empregos urgente, em 10 anos à bela João Pessoa se tornará uma Maceió de hoje.
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